Hoje, uma sexta-feira, 18 de fevereiro, costumeiramente é o dia de ir a um barzinho ou em uma balada para quem gosta de agitação e beber umas com os amigos . Segundo uma pesquisa do Instituto Brasileiro do Fígado (IBRAFIG), encomendado ao Data Folha, cerca de 55% dos brasileiros acima dos 18 anos consomem bebida alcoólica diariamente¹. Ou seja, somos um povo que gosto de beber, e que utiliza a bebida como forma de socializar e confraternizar com os amigos.

O que causa preocupação é o consumo ainda na adolescência,  muitos fatores podem influenciar este comportamento: mudanças físicas, sociais e psicológicas da puberdade, traços de personalidade e fatores hereditários. O consumo precoce prejudica o desenvolvimento do sistema nervoso, aumento da possibilidade de consequências negativas, como queda no rendimento escolar, gravidez precoce e indesejada, violência e acidentes².

Estudos apontam que a experimentação antes dos 15 anos aumenta em 4 vezes o risco de desenvolver dependência. Estimativas apontam que 26,8% dos jovens com idades entre 15 e 19 anos relataram consumo de álcool no último ano, semelhante ao índice mundial de 26,5% (OMS, 2018a)². Esse dados são preocupantes quando pensamos em como muitas pessoas perdem suas famílias, empregos, relacionamentos, causam acidentes e matam, por terem bebido.

Não são raro os casos de acidentes de trânsito fatais em que o condutor estava embriagado. Na internet vemos muitos vídeos de flagrantes, às vezes são engraçados, mas revelam como misturar álcool e direção é comum no país. Desde de 2008, com a Lei Seca, a fiscalização vem sendo mais rigorosa, porém ainda precisa de punições mais efetivas para quem comete esse crime.

Beber uma cervejinha não faz mal, porém é preciso ter responsabilidade e saber parar, não dirigir e entender quando alguém diz que passou do ponto. Muitas famílias se perdem por não conseguirem cuidar de quem é etílico. Um grande problema, pois por ser um vício que se camufla na socialização, quem é, não consegue se identificar com uma doença.

A hora de beber vai chegar para todos, não precisa se precipitar para se sentir aceito em um grupinho. E se sua família se incomoda com o seu consumo excessivo, dê atenção e reveja se a quantidade do que você bebe não é demais mesmo. E procure ajuda em caso de alcoolismo. Os Alcoólicos Anônimos (AA) está país e ajuda em casos de alcoolismo e no SUS também há acompanhamento para quem quer parar de beber.

#ParaTodosVerem: Imagem em horizontal do contorno de uma garrafa e uma pessoa sentada dentro, abraçada nos joelhos. O fundo da imagem é roxo.

Fonte:

¹IBRAFIG

²Cisa