O ano de 2021 foi mais um ano difícil. Mesmo no seu fim, apesar de estarmos em uma situação melhor, ainda não conseguimos escapar de uma pandemia que assombra toda população. Nesses momentos recorremos ao entretenimento para fugir da triste realidade, ainda mais nos últimos tempos presos dentro de casa.

É impossível resumir o ano em tão poucas obras considerando as tantas lançadas, mas o Comunica gostaria de fazer uma pequena retrospectiva de algumas produções que marcaram 2021.

Começando por It Takes Two, eleito Jogo do Ano pelo The Game Awards. O jogo é uma experiência entre dois jogadores, podendo ser jogado online ou local, que seriam duas pessoas jogando na mesma máquina. Desde o surgimento da possibilidade do online, permitindo dois jogadores jogarem cada um de sua casa, a opção de jogar de forma local, dois jogadores jogando juntos na mesma casa e através da mesma máquina, foi começando a ser deixada de lado. Resgatar o modo cooperativo local combinou com a história do jogo que foca em um marido e mulher que estão tendo dificuldades no casamento. 

Em um momento de falta de contato social, por causa do isolamento, a ideia de ser uma experiência entre duas pessoas pode ser também outro motivo para apontar a importância do jogo neste ano para a comunidade.

 

Foto: BD Jogos

Foto: BD Jogos

Outro game que marcou o ano foi Psychonauts, que conta a história de uma organização secreta com poderes psíquicos. O foco fica para a mecânica de entrar na mente de alguns personagens, sendo que cada mente é diferente da outra, contando com design específico e de acordo com a personalidade da pessoa. Além do design incrível, o jogo se inspira nas obras de Carl Jung, filósofo e fundador da psicologia analítica, também tratando de assuntos delicados como depressão, ansiedade e entre outras doenças.

#ParaTodosVerem – Imagem vertical do poster do jogo Psychonauts. No centro do poster há um garoto com uma mão na lateral da cabeça e a outra esticada para frente. O personagem tem um óculos com lentes rosas colocado na cabeça. Ele está em cima de um cérebro que possui um buraco no meio, onde há um espiral. Abaixo do cérebro há o nome do jogo escrito com letras amarelas e com borda verde.  Atrás do garoto há um outro grande espiral.  O fundo da imagem é verde e possui uma figura misteriosa.

Partindo para as séries, Arcane e Round 6 se destacaram e têm algumas similaridades. Ambas se tornaram as mais vistas do serviço da Netflix, e ambas discutem diferenças sociais.

Arcane conta a história de duas irmãs, Vi e Powder, que posteriormente se chamará Jinx. A trama da série foca nas diferenças entre as cidades de Piltover, que possui riqueza e prestígio, e Zaun, localizada no subterrâneo e tratada por Piltover como lar das escórias. A série foi um sucesso de público e crítica e foi uma das poucas obras bem sucedidas inspiradas nos videogames.

 

Foto: Omelete

Foto: Omelete

#ParaTodosVerem – Imagem horizontal de uma arte de Arcane. Na arte há diversos personagens diferentes, com etnias, roupas e estilos diversos. A arte é majoritariamente na cor azul e rosa com algumas partes brancas.

Round 6 segue a mesma ideia de crítica, talvez de forma até mais explícita. A série conta a história de um grupo de pessoas endividadas que entram em um jogo em que o ganhador sai com um prêmio milionário, porém para o resto que perde só resta a morte. A produção é uma crítica ao capitalismo e explicita até que ponto as pessoas vão na busca por dinheiro.

O cinema também contou com obras marcantes como Duna e Judas and the Black Messiah, indicado em 5 categorias no Oscar de 2021. Duna também foi um sucesso cinematográfico aclamado em várias categorias como fotografia e efeitos sonoros. No meio de uma guerra política a história trata da colonização, exploração e ainda traz reflexões filosóficas. O filme é uma adaptação dos livros de Frank Herbert, o livro de ficção científica mais vendido de todos os tempos.

Já Judas and the Black Messiah é um filme baseado em fatos reais e conta a história de William O’Neal, um infiltrado do FBI para dar informações sobre Fred Hampton, líder dos Panteras Negras. O longa saiu no início do ano, um momento no qual o movimento Black Lives Matter era um dos assuntos mais comentados.

 

Foto: Disparada

Foto: Disparada

#ParaTodosVerem – Imagem horizontal do poster do filme Judas and the Black Messiah. No poster há um homem negro com expressão séria no centro. O homem tem um cavanhaque, usa uma boina preta, casaco preto e camisa preta. Atrás do homem do centro, há o personagem de Fred Hampton que também usa boina e um casaco. O fundo é vermelho e tem a figura de diversas pessoas em uma manifestação. Há esquerda da arte há alguns punhos fechados levantados. Também há uma placa escrito “All power to the people” que significa “Todo poder para o povo”. Na direita há muitas pessoas negras, levantando bandeiras e cartazes.

 

Essas foram apenas algumas obras que marcaram o ano. Apesar das dificuldades geradas pela pandemia, nesse ano o mercado do entretenimento começou a se recuperar. Esperamos que de pouco em pouco tanto as produções que nos trazem felicidade quanto as nossas vidas possam voltar ao normal.

Desejamos a todes um Feliz Ano Novo e boas festas!