O corpo feminino sofre muitas pressões sociais. Que roupa usar para ter respeito; sabemos que não existe; que linguagem deve usar para ser levada a sério; nunca se exalte ou fale palavrão, se não vai estar naqueles dias; que corpo é considerado bonito; aquele sem estrias e celulites; que corpo é aceito; aquele magro, com peitão e bundão. Como se pode notar o ser feminino sofre muitas exigências machistas.
Se vê muitas mulheres e o mais preocupante garotas, com menos de 18 anos, se submeterem a procedimentos estéticos e em alguns casos se submeterem aos bisturis. São procedimentos evasivos e irreversível na maioria das vezes. As adolescentes veem seus corpos mudando e nem sempre ficam satisfeitas com essas mudanças, por quererem agradar alguém ou um grupo de amigos ou até mesmo para ficarem parecidas com alguma famosa e alguns casos para ficarem melhor na selfie.
Uma das cirurgias mais realizada no Brasil é a mamoplastia, o famoso silicone. Há vários motivos pra colocá-lo, em alguns casos pra reconstrução mamária de mulheres que tiveram câncer. Porém, a maioria das adeptas, colocam por motivos estéticos, o sonho terem seios maiores, seguindo um padrão.
Para ficar mais atrativo com um decote, marcar quando usar com um uma blusa de gola alta e nas fotos de biquíni eles ficarem bem redondinhos. Uma ditadura do peito G, duro, definido e empinado. Um ideal de mulher bonita. Nas redes sociais o que mais se vê são influencers com silicones e harmonizações faciais, ficando todas iguais.
Os meios de comunicação e as redes sociais criam e propagam um ideal. A beleza ideal muda conforme a cultura, a região e de indivíduo pra indivíduo, ou seja é subjetiva, o que é belo pra um, não é belo pra outro. Somo levados a concluir que quem não tiver nesse padrão é considerado feio. Não há respeito pela singularidade, trilhando um caminho para estereótipos e preconceitos.
Na contra mão vemos famosas que resolveram tirar suas próteses e aceitarem seu corpos do jeito que são. A ex BBB Amanda Djehdian, fez o explante de silicone. “Há 14 anos por vaidade, pressão, insegurança coloquei algo que me disseram que era super seguro e não me faria mal.” conta ela em seu instagram @amandadjehdian.
Ela relata sobre ter sintomas da doença do silicone: “De um ano pra cá, os sintomas (Doença do silicone) passaram a gritar no meu corpo, como se fosse um pedido de socorro, cabelo caindo, fadiga crônica, desmaios, vômitos, enxaquecas, sudorese noturna, névoa cerebral, insônia, dores musculares, perda de memória , moscas volantes na visão, dentre outros, também veio a contratura num nível maior, dores absurdas, 15 dias no mês passava chorando, sem dormir, sem ter uma vida normal.”
No perfil, ela conta como tá sendo o processo de recuperação e como a saúde dela melhorou depois da retirada das próteses, vale a pena conferir.
Evelyn Regly, uma influencer digital, também fez a retirada dos silicones: “Estou livre do silicone! Quando quis colocar, só queria meu peito ‘direitinho’, porque eu não tinha filhos e parecia que eu tinha amamentado cinco. Foram noves meses com os seios abertos, correndo risco de infecção. Inúmeras idas à emergência e a médicos como mastologista, infectologista… Fui do sonho ao pesadelo”, relatou.
Por motivos estéticos as mulheres se submetem a procedimentos que podem ser prejudiciais à saúde e nem sempre são alertadas quanto a esses riscos. Amar o próprio corpo vai além da autoestima, é entender e respeitar suas particularidades. É amá-lo sem dizer: “mas queria mudar tal coisa” e dizer: “amo meu corpo por que ele é exatamente assim”.
Fonte:
Padrão de beleza – abstracta – Filosofia, Sociologia e Psicologia
A influencia da mídia nos padrões de beleza atuais
Conheça as 9 cirurgias plásticas mais feitas no Brasil – ISTOÉ Independente (istoe.com.br)
#ParaTodosVerem
Foto de capa: uma mulher negra, com tom de pele claro, no centro da foto, usando um top branco e uma calcinha branca. Fundo azul. A foto tem como objetivo evidenciar seus seios pequenos.