Acabamos de entrar no quarto mês do ano de 2020, e, mesmo que pareça estranho se compararmos com o calendário anual, estamos chegando ao fim de mais um ano letivo na Universidade Estadual e Maringá.

O calendário letivo da universidade não está acompanhando o calendário anual comum por causa do período de espera no ínicio da pandemia, lá em março de 2020. Após alguns meses de preparação e muito debate, as aulas retornaram de maneira remota e o ano letivo de 2020 se encerra agora, em maio de 2021.

Pensando em mais uma conclusão de ciclos, principalmente de forma tão atípica, o ComunicaUEM propos a criação de uma nova sessão de posts para relembrar a história da turma formanda de Comunicação e Multimeios do ano.

Vamos começar essa tradição com a turma que entrou em 2017 e está se despedindo de nós agora em 2021. Para finalizarem suas jornadas pelo curso, os alunos precisam entregar um projeto comunicacional multimeios como trabalho final.

A intenção com essa maéria, é estimular os alunos a produzir algum projeto que seja multimeios, colocando em prática toda a teoria e a técnica que aprenderam durante os 4 anos de faculdade. Com tema livre, eles podem explorar, de forma única, a área que mais se identificam na comunicação.

Vamos conhecer alguns deles?

 

A Ilha Dos Sentimentos Perdidos. Autora: Hada Maller

a ilha dos sentiimentos

Comunica: Você pode me explicar brevemente sobre o que é seu projeto?

Hada: Meu projeto se baseia na pesquisa que fiz sobre a representatividade de pessoas com deficiência (PCDs) na literatura. Cheguei a conclusão de que grande parte dos personagens PCDs não são os principais, e quando são, se encaixam em estereótipos de “anjos” ou “batalhadores”. A partir disso, meu produto é um livro com 5 contos cujos personagens principais têm alguma deficiência física e fogem dos estereótipos citados. O livro conta com ilustrações e também uma versão audiobook.

Comunica: Quais foram as motivações que te fizeram escolher esse projeto para ser o último trabalho do curso?

Hada: Dificilmente as pessoas com deficiência são lembradas nas lutas de minorias. Falamos muito da questão de gênero, raça e classe, mas muitas vezes esquecemos de inserir as pautas dos PCDs e discutir o capacitismo. A partir daí eu decidi que faria algo relacionado a isso. Nas entrevistas e conversas que tive com PCDs, essa questão cresceu em muito para mim. O formato livro é uma paixão antiga, e não poderia ter escolhido um melhor.

Comunica: Compartilhe um pouquinho de como está sendo a experiência de realiza-lo.

Hada: Escrever um livro era a parte desafiadora do meu projeto. A pesquisa, entrevistas, design e diagramação eram as que eu já faço por prazer, o que me deram apoio na tarefa de escrevê-lo, porque eu sabia que nem tudo seria difícil. No geral, foi desafiador mas acho que nunca estive tão orgulhosa de um projeto. Tem muitas coisas pessoais escritas naquelas histórias e, ao mesmo tempo que tenho muita insegurança com outras pessoas lendo, quero muito divulgar para todos que eu puder. É um misto de sentimentos.

 

Universo (Des)alinhado. Autora: Maria Beatriz Guilhermettiuniverso desalinhado

Comunica: Você pode me explicar brevemente sobre o que é seu projeto?

Maria Beatriz: O Universo (Des)alinhado é uma narrativa multímidia que mistura texto, audio e um pouco de ilustracao. É uma história sobre a Maia, uma menina que esta passando por um momento caótico na vida e acaba procurando uma astrologa depois de uma amiga dizer que tudo é culpa do mercurio retrogrado. Ela ganha um par de fones de ouvido dessa astróloga e assim consegue ouvir os que os astros têm a dizer sobre a vida dela. A narracao de Maia é em forma de livro, e os comentários de cada planeta são em forma de áudio, disponivel por QR code nas páginas do livro.

Comunica: Quais foram as motivações que te fizeram escolher esse projeto para ser o último trabalho do curso?

Maria Beatriz: Eu queria um tema que eu gostasse e pudesse usar minha criatividade e humor, que eu pudesse me dedicar sem pesar. Eu tenho me conectado cada vez mais com a astrologia nos últimos meses e não consegui ver outro assunto que não fosse esse. Quis aproximar a astrologia das pessoas como algo que pode ser um guia individual capaz de ajudar na vida, não um horoscópo genérico que dá previsões mais genéricas ainda. Por isso, a primeira coisa que pensei foi em uma história centrada em uma garota passando por seus desafios com a companhia dos conselhos do universo.

Comunica: Compartilhe um pouquinho de como está sendo a experiência de realiza-lo.

Maria Beatriz: Diferente do que eu pensava que seria, produzir esse projeto foi tranquilo. Ocorreram várias mudanças, adaptações, momentos de desespero… Mas no fim a criatividade falou mais alto e foi fundamental pra trazer soluções para imprevistos, ainda mais nesse momento de pandemia. Acima de tudo, o que fica é a satisfação de ter feito algo que é minha cara com um tema que gosto, o que fez que o TCC fosse o trabalho que mais gostei de produzir durante o curso.

 

Nem se eu fosse a Capitu. Produtora: Maria Luiza Guilhermetti

nem se fosse a capitu

Comunica: Você pode me explicar brevemente sobre o que é seu projeto?

Maria Luiza: Meu projeto é uma websérie de 3 episódios, em screenlife baseada em dom casmurro. isso quer dizer que tudo o que acontece vai se passar na tela do celular mesmo!

Comunica: Quais foram as motivações que te fizeram escolher esse projeto para ser o último trabalho do curso?

Maria Luiza: Primeiro que eu sempre gostei de audiovisual. quando eu era mais nova eu li esse livro na escola e assisti aquela adaptação pra TV produzida pela Globo. sempre fiquei com isso na cabeça e eu estava muito sem ideias pro projeto final. no 10 segundos do segundo tempo pra escolha do tema do projeto eu estava ouvindo uma música que fazia parte dessa série adaptada de dom casmurro e eu pensei: quer saber? vou fazer uma websérie relacionada a essa história nos tempos atuais.

Comunica: Compartilhe um pouquinho de como está sendo a experiência de realiza-lo.

Maria Luiza: Eu estava bem animada pra começar mas ainda não sabia muito como ia gravar por conta da pandemia. acabei pesquisando um pouco e achei umas produções que usavam screenlife. achei uma ótica alternativa pois eu precisaria apenas de um celular e um aplicativo de captura de tela pra gravar tudo. sem contar que combina com a linguagem moderna que eu queria trazer pra história! o processo de pós produção tá sendo o mais complicado, mas no final das contas o que importa é chegar no resultado.

 

Projeto Hifen. Produtora: Bianca Seabra

projeto hifen 2

Comunica: Você pode me explicar brevemente sobre o que é seu projeto?

Bianca Seabra: O Projeto Hífen vem com o propósito de fortalecer a relação entre a produção científica e o resultados de projetos de impacto social. Tudo isso voltado para o mundo da sustentabilidade. A ideia é produzir conteúdos em três tipos de plataformas midiáticas: 1. formato de podcast 2. através das postagens do perfil do Instagram e  3. no blog onde vai ter matérias exclusivas sobre o encontro dessas três áreas.

Comunica: Quais foram as motivações que te fizeram escolher esse projeto para ser o último trabalho do curso?

Bianca Seabra: As minhas motivações para montar um projeto desse tipo vem muito das minhas experiências ao longo da faculdade. Primeiro, quando eu tive experiência com a parte de jornalismo trabalhando como estagiária da UEM TV.  Nela, percebi que a informação do que havia sido produzido na universdade não consegue chegar em outros grupos da sociedade, percebi como é grande ainda o desafio de divulgação científica.

Outra motivação veio pela minha experiência na Enactus, que é um grupo que se importa em criar projetos de impacto social, independente do modelo seja um negócio social seja fortalecer o trabalho assistencialista de uma ONG.

Comunica: Compartilhe um pouquinho de como está sendo a experiência de realiza-lo.

Bianca Seabra: Eu acho que mais não surpreendeu foi a produção das entrevistas para podcast, porque até então nunca tinha trabalhado somente com edição de áudio. A faculdade sempre foi mais voltada para o visual ou talvez para outra parte da criação verbal da redação e o áudio se a gente meio que um componente que vai acompanhando os nossos dos nossos trabalhos, mas não é o protagonista sabe. Pelo menos eu não tive essa experiência no trato dele como protagonista de um trabalho e para mim foi muito legal.

Outra parte muito interessante foi, pensar e enteder como cada canal midiático funciona e encontrar o melhor formato de conteúdo para cada um, para conseguir se fazer entender e tornar comum aquela aquela informação.

 

Projeto Editora Vira-lata. Produtores: Lara Orsi, Guilherme Vinicius, Tiago Bianchini e Ana Barbara Vollert.

editora vira lata

Comunica: Você pode me explicar brevemente sobre o que é seu projeto?

Lara Orsi: A ideia do projeto era fazer uma editora que tivesse um viés ideológico específico. Um viés comunista, mas não somente isso, também com princípios anti-imperialista, anti-racista e anti-colonialista. Por isso, escolhemos o termo vira-lata para ser o nome da revista, porque achamos que podiamos ressignificar o termo que de início é algo pejorativo, para algo bom, uma qualidade.

Comunica: Quais foram as motivações que te fizeram escolher esse projeto para ser o último trabalho do curso?

Lara Orsi: As minhas motivações para montar um projeto desse tipo vem muito das minhas experiências ao longo da faculdade. Primeiro, quando eu tive experiência com a parte de jornalismo trabalhando como estagiária da UEM TV.  Nela, percebi que a informação do que havia sido produzido na universdade não consegue chegar em outros grupos da sociedade, percebi como é grande ainda o desafio de divulgação científica.

Outra motivação veio pela minha experiência na Enactus, que é um grupo que se importa em criar projetos de impacto social, independente do modelo seja um negócio social seja fortalecer o trabalho assistencialista de uma ONG.

Comunica: Compartilhe um pouquinho de como está sendo a experiência de realiza-lo.

Lara Orsi:  Acho que uma coisa muito individual né, cada um do grupo tá fazendo uma coisa e sentindo coisas diferentes, mas eu particularmente estou gostando bastante do resultado que a gente fazendo. As animações do vídeo acho que tá ficando muito legal, porque a gente tá tentando trazer assuntos que são densos de uma forma mais leve.

Cada um ficou com um tema diferente, então foi mais assim o tema que era do interesse de cada um foi pesquisado por determinada pessoa.  Acho que isso deixou a pesquisa bem divertida, para mim tá sendo bem leve, mesmo sendo um trabalho de conclusão do curso.

 

Nossos Nós. Produtora: Letícia Giandon

nossos nos

Comunica: Você pode me explicar brevemente sobre o que é seu projeto?

Leticia Giandon: O projeto é uma vídeo dança que aborda temática de inseguranças. Junto ao plano de divulgação do projeto tem também o lema “a vida mais fácil quando compartilhada”, por isso incentiva as pessoas a usarem dos meios de comunicação para compartilhar os seus problemas.

Comunica: Quais foram as motivações que te fizeram escolher esse projeto para ser o último trabalho do curso?

Leticia Giandon: Esse é um projeto extremamente egoísta. Eu pensava muito sobre o que eu gostaria de trabalhar, com o que eu gostaria de fazer. Trabalhar com pessoas, com dança, com comunicação e falar sobre coisas que eu gostaria falar de falar, que fossem importantes para mim.

Quando eu ouvi a música “Falling” do Harry Sytles, que é a música da minha vídeo dança, pela primeira vez, eu me conectei com ela, principalmente nos versos “What am I now”, “What if Im someone I dont want around” e “And I get the feeling that you’ll never need me again” que são alguns medos muito grandes que eu carrego comigo, de não saber quem eu sou, não saber se a pessoa que eu sou hoje é uma pessoa que daria orgulho para a pessoa que eu fui há 3 anos atrás, e não saber se eu sou uma pessoa que vai ser esquecida.

Comunica: Compartilhe um pouquinho de como está sendo a experiência de realiza-lo.

Bianca Seabra:  Está sendo incrível realizar os nossos nós eu tô muito feliz com o projeto. Ele está sendo na verdade uma reafirmação para mim do quão importante e quão poderosa é a comunicação e a vida em comunidade nos dias atuais.