Foi decepcionante quando a quarentena começou, estava empolgada para a semana de integração, os trotes, conhecer os veteranos, meus colegas de turma, conhecer a UEM, almoçar no RU. Já estava planejando os rolês, queria conhecer os professores, trocar ideias, enfim ter a experiência o mais completa possível.  Mas não foi assim que aconteceu.

Demorou um pouco até UEM tomar uma iniciativa e decidir como seriam as aulas. Isso me deixou bem aflita, mas por sorte os professores fizeram cursos de extensão nesse período, o que foi legal. Dessa forma conheci os professores, veteranos e pude finalmente ver os meus colegas de turma, com que tanto conversava no grupo do WhatsApp, mas nunca encontrei pessoalmente. Foi legal. Os cursos foram um pouco difíceis de acompanhar, então levei mais como uma forma de interação com os professores e de conhecê-los melhor.

Enfim foi decidido que a as aulas começariam em agosto, no dia 17. Foi um misto de sensações; estava ansiosa pelas aulas, decepcionada por ter que ser a distância e preocupada sobre como seriam essas aulas, como ficariam os conteúdos e as matérias que demandam uma prática. Os professores que nos dariam aula marcaram reuniões e explicaram como seria, o que deu uma acalmada na minha ansiedade.

Quando as aulas começaram foi bem legal. No início o pessoal estava meio tímido, mas logo passou. A interação foi boa. Antes das aulas começarem a gente trocava uma ideia com os professores, teve um dia até um colega nosso tocou violão e cantou, foi sensacional. Sei que se fosse presencial a experiência de viver a universidade seria bem diferente, mas vou levar isso como uma experiência singular, pois não acredito que vá acontecer de novo.

Com relação às demandas eu achei bem possível, tínhamos sempre textos pra ler e filmes de uma semana pra outra. O tempo era até razoável, porém tinham textos bem densos que demandavam uma certa resistência e força de vontade pra ler, contudo seria assim presencialmente e ainda pior porque teriam as outras matérias simultaneamente. Inicialmente tínhamos duas matérias por semana, o que facilitava muito.

Era notável a preparação e preocupação dos professores com o conteúdo e o nosso aproveitamento. Tiveram conteúdos mais densos e mais complicados de entender e umas provas complicadinhas, mas conseguimos superar…kakaka.

Termino dizendo que o ERE não foi o que queria, entretanto sei que foi necessário, se não perderia o ano de 2020 inteiro dentro de casa sem começar o curso. Como disse acima, essa experiência foi singular e espero não ter que vivê-la novamente no futuro.