O IEEE (Instituto Internacional de Engenharia Elétrica e Eletrônica) é uma organização mundial sem fins lucrativos, que foi criada nos Estados Unidos em 1963, objetivando ajuda humanitária voltada à tecnologia. O projeto possui milhares de membros ao redor do mundo de diferentes áreas de conhecimento como engenharias, informática, computação. Por meio do compartilhamento de suas experiências, desenvolvem pesquisas científicas, projetos humanitários, eventos acadêmicos, normas técnicas e muito mais.

Foto: IEEE Indonésia

Foto: IEEE Indonésia

Criado em novembro de 2016, o projeto IEEE na Universidade Estadual de Maringá possui atualmente 54 membros, que comparado aos outros IEEEs ao redor do mundo, o projeto pode ser considerado recente. Ele visa ajudar a sociedade da região paranaense, com o auxilio de outras instituições, sendo elas parcerias públicas e privadas. Assim, o projeto é voltado tanto para o desenvolvimento e aprofundamento dos alunos, quanto para auxiliar a comunidade externa. O IEEE também possui vários projetos para seus participantes como o PRV ( Projeto de Rastreamento Veicular), EDKE (Esquadrão de Desenvolvimento de Kits Educacionais), entre outros e é auxiliado pela professora do Departamento de Informática, Linnyer Beatriz Ruiz Aylon.

Membros do IEEE na Expoingá junto com a professora Linnyer Beatriz Ruiz Aylon e o prefeito de Maringá Ulisses Maia Foto: Ramo Esudantil IEEE - UEM

Membros do IEEE na Expoingá junto com a professora Linnyer
Beatriz Ruiz Aylon e o prefeito de Maringá Ulisses Maia
Foto: Ramo Esudantil IEEE – UEM

O presidente da IEEE, Leonardo Armelin, aluno do terceiro ano de engenharia elétrica, concedeu uma entrevista ao Comunica para explicar melhor como funciona o projeto.

ComunicaUEM: Qual o objetivo do projeto quando criado?

Leonardo: O objetivo do IEEE em si é a ajuda humanitária com projetos voltados na área de tecnologia. Nós tentamos seguir esse caminho, temos alguns projetos que estão voltados para a sociedade, inclusive em alguns colégios, na parte de lecionar. E até projetos para ajudar a própria UEM.

ComunicaUEM: O que você acha mais importante no projeto?

Leonardo: Eu acho que, além de ajudar a UEM, o IEEE ajuda também os próprios membros. Estamos conseguindo capacitar muita gente com além do que a universidade consegue oferecer. Nosso curso (Engenharia Elétrica), por exemplo, como é bem novo na UEM, tem menos de 10 anos, ele não é muito bem formado, não tem muitos laboratórios e tudo mais. O IEEE está conseguindo trazer essa parte prática que está faltando no curso.

ComunicaUEM: Que tipos de projetos vocês fazem?

Leonardo: Tem vários tipos, o mais famoso que nós temos agora é o PAH (Projeto Altas Habilidades), ele é voltado para irmos em turmas de altas habilidades. Por enquanto apenas no Instituto, mas queremos abrir para o Gastão. Vamos ajudar essas crianças a desenvolver suas habilidades. Participamos da feira de ciências da PUC-Maringá e ganhamos o segundo lugar. Agora estamos tentando levar esses projetos para outra feira de ciências em Mato Grosso. E além disso tudo, nós estamos com outro projeto que é o PLJ (Projeto Lapidando Joias), no qual vamos em escolas ensinar robótica a partir de kits da lego para as crianças.

Alunos participantes da feira de ciências juvenil na PUC-Maringá junto com os membros do IEEE Foto: Ramo Estudantil IEEE - UEM

Alunos participantes da feira de ciências juvenil na PUC-Maringá junto com os membros do IEEE
Foto: Ramo Estudantil IEEE – UEM

ComunicaUEM: E todos os projetos são voltados para a comunidade externa?

Leonardo: Então, a maioria é voltado para a comunidade externa, mas nós ainda temos alguns que são voltados para os próprios membros, como por exemplo, o de conversação de inglês. Nós pegamos os membros que conversam em inglês e vamos treinando o pessoal que não tem domínio da língua. Reunimos todos em um dia e vamos conversando. Porque a maioria dos cursos de inglês não tem muito essa parte de conversação, você aprende mais gramática, aprende a ler e escrever, mas a parte de conversar tem pouco. Nós fazemos isso de maneira gratuita para quem é do IEEE.

ComunicaUEM: Quais cursos fazem parte?

Leonardo: Tem de tudo. Quando a gente fala de tecnologia geralmente as pessoas pensam mais na parte de elétrica e computação, que possui com certeza a maior parte da galera. Mas nós também temos o pessoal de engenharia elétrica, engenharia mecânica, engenharia civil, computação, informática e agora temos até alguém de psicologia que nos ajuda na parte de RH. O projeto aborda qualquer curso da UEM.

ComunicaUEM: E vocês possuem projetos de robótica?

Leonardo: Existe o RAS que é um dos capítulos do IEEE, ele é voltado para a parte de robótica de automação. O RAS já chegou a fazer uma ida ao Maringá Park,  fizemos uma competição de sumô de robô, em que a gente levou 4 robôs e eles realmente começaram a lutar entre si, com regras feitas pelo próprio IEEE, foi bem legal, muita gente gostou. Mais de 150 pessoas estavam no evento e a galera se divertiu muito. Gente que nunca tinha tocado num robô conseguiu fazer um de verdade e trazer pra lutar. E agora eles estão criando o mascote do RAS, que é baseado no Wall-E do filme, e eles vão criar um totalmente funcional que carrega coisas e anda por aí. 

Membros do IEEE no Maringá Park Foto: RAS-IEEE UEM

Membros do IEEE no Maringá Park
Foto: RAS-IEEE UEM

 Você pode conferir mais sobre o projeto e os eventos que participaram através do Facebook do Ramo Educacional IEEE – UEM.