Poetry Slam, já ouvira falar?
Não é uma luta que faz sangrar: é uma batalha de performance poética
Que mistura um pouco de rima, agonia, ironia e também a sensata ética.
De estética periférica, proporciona visibilidade
Através das palavras faladas gerando sensibilidade.
Tudo acontece por etapas, rodadas:
Cada competidor tem direito a três minutos por apresentação
O juri lança a nota, a menor e a maior descartadas são e, então,
Se faz a somatória e assim se canta a vitória.
E assim se prossegue
O público se engrandece a cada batalha que conhece
As rodadas procedem e assim se prossegue.

Quando o poeta é proclamado ganhador
Ganha também possibilidades de um dia batalhar lá no exterior;
O indivíduo pode nos representar lá na gringa e assim proclamar sua poesia.
Essas batalhas são também divididas por hierarquia:
Partindo do âmbito nacional pra chegar lá no mundial.

É que essas lutas tem origem lá no exterior nos anos oitenta,
Vieram pro Brasil de uma forma não-sangrenta.
Aqui, o fenômeno ganhou o nome de poesia marginal.
Que, aliás, deveria soar como algo normal.
A estética periférica proporciona visibilidade
É que taxaram a anormalidade gerando insensibilidade.

Repassem! Isso tem que ser repercutido
E claro, também tem que ser ouvido.

A batalha é falada
Mas se você compreende por uma linguagem diferente, não, não lamente:
O cinema nacional criou um curta explicando esse fenômeno genial.
Vai ser lançado agora, no final de novembro,
Fica em cartaz até meados de dezembro.
Repassem! Isso tem que ser repercutido
E claro, também tem que ser visto.