Conhece o termo pagu? Dizem que foi atribuído à uma mulher a alguns anos atrás, como sinônimo de desordem, antônimo de moça direita e que quebra tabus.
Originalmente o termo foi atribuído à uma só, mas se outras mulheres se identificam com o termo… Automaticamente se forma uma legião de pagus que quebram tabus; e isso também se torna sinônimo de revolução.
Patrícia Galvão, autenticamente Pagu.
Pagu; jornalista, militante e presa política brasileira. Foi uma das primeiras mulheres a ser presa pela primeira ditadura militar do Brasil.
Maria da Penha que, após duas tentativas de assassinato pelo próprio marido mudou leis brasileiras para auxiliar vítimas de violência doméstica.
Zuzu Angel; que emponderou seu ramo artístico para denunciar abertamente as violências da ditadura militar.
Dandara dos Palmares que bravamente resistiu liderando planos estratégicos para a existência quilombola e abolição da escravidão no Brasil.
Clara Camarão, por exemplo, liderou estratégias para expulsar os holandeses da atual região pernambucana, no século XVII. O pelotão ficou conhecido como Heroínas de Tejucupapo.
Mulheres-pagus: femininamente subverteram o sistema.
Que elas nos tragam inspiração para fortalecer esse sagrado feminino que existe dentro de nós. É preciso coragem ao seguir em frente, não desistir para resistir com bravura perante esses novos tempos que estão por vir.
Então que tomemos essa coragem da mulher-pagu presente em Clara, Dandara, que ecoam resistência e existência em um sistema desumano; em Maria da Penha, que liderou um movimento em defesa da proteção das mulheres; em figuras femininas que tomaram frente em movimentos sociais majoritariamente masculinos como, por exemplo, as Cangaceiras; de outras figuras que tomaram frente e criaram movimentos sociais, como o Movimento Feminino Popular; coragem de mulher-pagu presente na própria Pagu, em Inês Romeu, Lúcia Maria, Zuzu Angel, Dilma Rousseff, Marielle Franco que, junto com outras inúmeras pagus, resistiram à regimes fascistas, governos totalitários e golpes militares e de Estado.
Avante!
Nada causa mais temor à ordem do que mulheres que sonham e vão à luta.
Aliás, já até dizia Pagu: “tenha até pesadelos, se necessário for, mas sonhe.”
E nós também sonhamos.
É necessário sonhar.
PS: nem toda feiticeira é corcunda/ nem toda brasileira é bunda/ nosso peito não é de silicone/ somos mais macho que muito homem
Fontes textual e visual:
Mensagem às mulheres revolucionárias
Brasileiras que deveríamos ter conhecido na escola e que não conhecemos na escola
Este post é dedicado à todas nós, mulheres-pagus.