A música nos acompanha desde a antiguidade, seu passado perpassa por rituais de caças, religião, entretenimento, guerra e por inúmeros espaços. Essa, filha do ritmo com a harmonia tem o poder de mudar o estado do ouvinte, incrivelmente, sem compartilhar a materialidade.
Entender a música como substância é algo contraditório em partes, visto que a música não tem como base uma matéria fixa. No entanto se compararmos a música à substâncias química, que são qualquer espécie de matéria formada por uma composição dos elementos químicos, e que necessitam de propriedades físicas e químicas definidas, a música prova-se substância não por ser um elemento concreto, ou talvez não catalogado, mas pelas propriedades físico-químicas que ela dispõe.
A existência da música se dá em suas composições e propriedades, assim como o elemento químico, mas faz sua presença não com um corpo estático mas com as reações dos seres a qual ela sensibiliza.
Se a Música tem o poder de mudar o comportamento de uma pessoa, é de concordar que ela se assemelhe com o conceito de remédio, visto que introduzida no organismo provoca mudanças físicas ou psíquicas.
Ademais os ritmos conseguem ter efeitos variados como, depressivos ou estimulantes conforme as batidas ou letras da música. Dependendo das composições, as áreas estimuladas do cérebros são tantas que podem trazer complicações como uma epilepsia específica, algo como uma overdose de música.
O poder musical tem escalas biológicas claras, que vão dos estados sulties de prazer, até relatos de alucinações. Os estímulos cerebrais são dos mais variados, afetam campos memoriais, emocionais, receptores, hemisférios da racionalidade e tantos outros. Por conta dessa interação sináptica intensa, métodos de terapia são usados para um melhor aprendizados nos casos de Alzheimer, distúrbio de linguagem, depressão e outros problemas como dor.
Com o reconhecimento dessas influências, a música é usada por terapeutas e neurologistas em tratamentos. A técnica consiste em criar um isolamento do mundo exterior por conseguir limitar estímulos que possam ser prejudiciais ou desnecessários, criando um tipo de foco no ouvinte. Esse é um dos usos da música nos pacientes, a criação de um estágio focal na busca de reunir esforços para as áreas de conflito ou para o isolamento de tais.
A música compartilha um mundo mais rico com as pessoas, estimulando o bom humor, aumentando a disposição e consequentemente, reduzindo a ansiedade, a depressão. Quanto mais estudamos elas, mais percebemos como a música é importante para a nossa vida.
Compreendendo o poder da música trate de se medicar corretamente!
Imagem Destacada : Bernana Moglu
Fontes:
Neurociência: Musicoterapia -Oliver Sacks
Experimento de desenvolvimento social dos autistas