Não, destruído!
Então vamos por partes: mesmo sendo a saída pela loja de presentes, já adentrou no mundo artístico de Banksy?
O artista-anônimo, que opta pela identidade artística, é clamado e também admirado por suas obras urbanas e por seu ativismo com teores críticos e sociais, com nítidas ironias promovendo questionamentos ao leitor.
Uma de suas obras, “girl with balloon“, originalmente pintada em um muro londrino, votada como a predileta do Reino Unido e também símbolo de apoio aos refugiados sírios, recebeu um valor de cerca de R$ 5 milhões durante um leilão na Sotheby’s House, na sede em Londres, e quando o martelo marcou o ato da venda…
Destruído! Sim! Como um ato de autodestruição, Banksy instalou um mecanismo de defesa que cortasse a obra quando esta fosse vendida.
O caso aconteceu agora no dia 05/10/2018 e já virou data histórica, é que dentro do contexto de todo o comércio artístico, dentro também do contexto da Sotheby’s que realiza vendas desde 1744, nunca houve coisa parecida: vendida e destruída.
Interessante pensar que além da criticidade que a imagem carrega, possibilitando o pensamento do distanciamento afetivo, o ato de ela não ser adquirida após a venda é o estopim do teor crítico, ironizando inclusive o próprio momento do comércio artístico.
Mas por outra parte… também é interessante pensar que, inovando desta maneira, o valor estimado aumentou significativamente e a atenção midiática popularizou ainda mais o artista, sem dúvidas alguma colocando-o na história da arte.
Seria Banksy um gênio ou egocêntrio?
Dou-lhe uma, duas e três! Qual sua opinião?
Referências: