Você já leu uma história e se identificou com algum dos personagens? “A ideia é que aos poucos a narrativa conduza o leitor até que ele se sinta, de alguma forma, como um personagem desse universo” disse Rainer Petter, na descrição de sua HQ “Quem matou o Caixeta?”.  O autor brasileiro trabalha a 10 anos com ilustração e concept art de jogos, já trabalhou para empresas como Blizzard Entarteinment e Cryptozoic Entertainment e também é professor.

A metacomunicação da HQ de Petter, traz de início um documentário sobre o jovem Caixeta. Personagem no qual,  como muitas pessoas de hoje em dia, resolveu criar um canal no Youtube. Um dos vídeos que fizeram sucesso no canal do Caixeta foi “O mundo está chato para ca-ra-le-o!” onde ele resolve ir até o parque dizer frases que de acordo com ele “os chorões se ofendem”.

Tumblr " Quem matou o Caixeta?"

Tumblr ” Quem matou o Caixeta?”

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Tumblr ” Quem matou o Caixeta?”

Infelizmente, Caixeta é um grande espelho da nossa realidade. Dentro de uma caixa preconceituosa, o Youtuber não fazia questão de respeitar os que eram diferentes dele. Mas a história muda de personagem principal quando os diálogos do casal, que estão assistido ao documentário, se tornam o foco. Isso acontece devido a identificação que ocorre conforme os dois vão assistindo. Muitos de nós podemos estar em uma caixa e nem percebemos, mas quando a notamos, podemos escolher ficar com ela, ou não.

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Tumblr ” Quem matou o Caixeta?”

A história em quadrinhos foi tema de um dos vídeos do Youtube no Canal Meteoro Brasil. Assista-o:

A mensagem que a HQ transmite não é só sobre a “caixa” em que vive grande parte da sociedade, é também sobre a função da comunicação em relação a esse caos. Não estaria ela presente desde o início da formação do Caixeta, que provavelmente foi influenciado por várias mídias preconceituosas em seus filmes, desenhos e video-games? O Caixeta mesmo já é um grande exemplo de agente da comunicação com conteúdo obviamente desnecessário.

O Comunica deixa logo abaixo o link da história para que você conheça a obra e depois venha nos contar o que achou.