Morreu nessa última segunda-feira, 25, o fotógrafo sul-africano David Goldblatt. David era conhecido mundialmente por suas obras que denunciaram as atrocidades da política de segregação racial na África do Sul de 1948 até 1990.

David Goldblatt.
Ele nasceu em 1930 em Randfontein, África do Sul e começou a trabalhar em 1961 como fotógrafo motivado pelo apartheid. Sua fotografias apresentavam a realidade vivida pelos negros nas estruturas sociais estabelecidas pelo regime opressivo de totalidade branca. Apesar de denunciar o regime, ele nunca fotografou as atrocidades realizadas, apenas como a sociedade era estruturada durante a época.

Assistente de loja, Orlando West, 1972

Lawrence Matjee, 15 anos, após assalto e prisão pela polícia, Khotso House, de Villiers Street, Soweto, Johannesburg. 1985 ©

Jovens com dompas (documento de identidade que todo africano tinha que carregar).White City, Jabavu, Soweto, Johannesburg, Novembro de 1972
Suas características principais eram as fotos em preto e branco com objetos centralizados moldados pelas luzes ou sombras. Capturou imagens das minas de ouro em decadência e dos seus operários negros e pobres até a realidade branca e privilegiada com um tom dramático presente em suas extensas séries fotográficas.

Alguns Afrikaners: O comando fiel do Partido Nacional o qual escoltou o primeiro-ministro e o líder do Partido Nacional, Hendrik Vervoerd e sua esposa, Betsie, para as celebrações de seus 50 anos em De Wildt.

Mulher fumando, Fordsburg, Johannesburg, 1972 ©
Goldblatt deixa a esposa, três filhos e netos.
Como postou o site Sapo: “A morte de David Goldblatt é uma perda significativa para a África do Sul e para o mundo global da arte”.