Você já contou quantas vezes pegou seu celular hoje? Já pensou quantas vezes checou suas redes sociais, seus e-mails ou simplesmente desbloqueou a tela para checar algo pois estava “sem nada pra fazer”? Pois é, viver sem tecnologias hoje é praticamente impossível: estamos em constante contato com elas desde que acordamos, sendo o aparelho celular a primeira coisa em que tocamos de manhã, ao desligar o despertador, até a hora de dormir, quando checamos as últimas mensagens do dia e nos perdemos nas conversas, nas informações e bobagens da internet, e eventualmente desmaiamos de cansaço com o aparelho ao lado, em cima do rosto, da barriga ou jogado no chão.
Indo ao contrário dessa ideia de estar o tempo todo conectado, das dependências tecnológicas, o Comunica divulgou a proposta e quatro alunos do curso de Comunicação se voluntariaram: Gabriela Bueno, Guilherme Souza, Maisa dos Santos e Aline Namie. Eles passaram sete dias afastados ao máximo possível dos aparelhos, com exceção de ligações telefônicas e atividades relacionadas à trabalhos escolares e empregos: aplicativos foram excluídos, alguns celulares foram guardados ou entregues a outras pessoas e trabalhos foram realizados com antecedência, durante a semana do dia 20 a 27 de Novembro.
Uma das maiores dificuldades encontradas foi a falta de comunicação, tanto entre colegas de grupos para trabalhos acadêmicos, quanto com os familiares que moram longe: “Eu tive que encontrar outras alternativas para conversar com as pessoas, porque elas ainda continuaram mandando as mensagens pra mim, já que não avisei que iria ficar sem celular e redes sociais”, contou Gabriela. Ela também teve menos contato com os pais, que moram em outro estado: “O único contato que tenho com meus pais é pela internet, e como estava sem celular, falei assim: ‘essa semana, a semana que a gente fez [o experimento], não vou conversar com vocês’. E dia 23 foi aniversário do meu pai, aí peguei o celular emprestado do meu companheiro pra poder ligar pra ele, conversar rapidinho e dar parabéns”.
A alternativa encontrada, então, foram a utilização de e-mail e ligações telefônicas, que foram liberadas: “Estou utilizando o notebook, mas apenas para trabalhos acadêmicos, e-mail também. Fiz três ligações até agora”, relatou Maisa no terceiro dia da experiência. Eu utilizei bastante o Photoshop, o Drive para realizar os trabalhos e site de busca para fazer pesquisas referentes aos mesmos, conversar com pessoas para atividades do ComunicaUEM, além de combinar reuniões de grupo com antecedência.
Apesar da ansiedade para acessar as redes, os voluntários afirmaram que a experiência foi boa, e que pretendem continuar durante as férias: “Eu pude focar em várias coisas. É bem interessante porque sem o celular, sem ele estar ligado ou depender tanto das tecnologias, a gente foca mais nas coisas, então não fica assim: o celular ali do lado e a gente sempre esperando uma notificação”, afirmou Maisa. Atividades paralelas que provavelmente não seriam realizadas se os eletrônicos estivessem por perto também foram feitas, como leituras de livros: Maisa conseguiu finalizar um e começar outro, Gabriela iniciou uma obra e limpou a casa, e eu consegui adiantar muitas leituras referentes ao curso e referentes a trabalhos também. Já Guilherme conseguiu aproveitar mais outras atividades: “eu pensava num ritmo muito mais acelerado e ao mesmo tempo aproveitava mais as coisas manuais que fazia. Isso foi uma coisa legal, ver o tanto de coisa não-digital que eu faço”.
Confira um pouquinho dos relatos feitos por eles:
- Maisa
- Guilherme
- Guilherme
- Gabriela
- Aline