No domingo (17/12) aconteceu o segundo e último dia do Animeingá, dedicado aos fãs de cultura asiática, que vão desde os quadrinhos/mangás e animes, até a música pop coreana (K-Pop).
Dentre as atrações especiais, ocorreu o concurso de dança K-Pop, o qual premiou o primeiro lugar geral com R$1000 e uma vaga para o maior concurso nacional de dança: o K-pop Dance Tournament (KDT). O grupo Showdown Spades, de Curitiba, formado por João Dias (Jojo), Giovanna Alcântara (Bu), Saori Hatano, André Pires (Kuro) e Felipe Michaelis (Mitch), conquistou o grande prêmio e contou para o Comunica que está muito feliz por seus esforços terem valido a pena: “nos empenhamos muito para essa competição e adoramos dançar em meio a tantos grupos bons. Quanto a oportunidade de participar da 9ª edição do KDT, estamos muitíssimos empolgados e logo começaremos nossos ensaios com foco no concurso em São Paulo”.
A música Cactus, do grupo masculino A.C.E, foi escolhida com base no estilo da coreografia: “CACTUS possui movimentos marcados e fortes e temos mais facilidade nessa área. Nossa maior dificuldade foi em padronizar os movimentos do break, visto que cada dançarino do A.C.E colocava seu estilo de dança em cima dos movimentos executados”. Já o figurino foi inspirado nas próprias performances do grupo: “o A.C.E ganhou certa popularidade pelos shorts curtos usados em um vídeo no YouTube, e nada mais justo que seguirmos a onda para conseguir um pouco mais de visibilidade, além de que o figurino é super bonito!”, finalizaram.

Apresentação do grupo ShowDown Spades
Também teve o segundo dia do concurso de cosplay (costume player), o qual premiou o vencedor com um troféu, mangás e uma quantia em dinheiro. Aline Santos, ganhadora do primeiro lugar com o cosplay de Homura Akemi, do anime Mahou Shoujo Madoka Magica, contou que ficou muito surpresa quando soube que ganhou: “a concorrência é muito grande, tem cosplays muito bons, que você acha que está melhor do que o seu e você nunca espera. Eu acho meu cosplay bom porque eu sou perfeccionista, mas não achava ‘uau, vou ganhar’, então quando você ganha fica surpresa”.
Seu cosplay levou cerca de dois anos para ficar pronto: “eu sempre demoro bastante para fazer porque eu não manjo dos esquemas, então tive que pedir para uma costureira fazer a roupa pra mim, encomendei o arco e a flecha, e depois que o cosplay ficou pronto, depois de refazer duas vezes que eu consegui encomendar o Kyubey (personagem mascote do anime) da pessoa que eu queria, que era o que eu achei bonito. Então levou muito tempo para ele ficar completo do jeito que eu queria”.
- O cosplay de Aline Santos, como Homura Akemi (Mahou Shoujo Madoka Magica)
Mas além da montagem para apresentação e competição, há muitas pessoas que se vestem por diversão: Cristina Meira, por exemplo, foi jurada do concurso, é cosplayer há 10 anos e contou que gosta de se fantasiar por diversão: “eu nunca participo de concurso, pois sou aquela que gosta mais de fazer pra curtir. Gosto de vir, fazer, adoro tirar foto com o povo, valorizo muito quem faz [cosplay] e curto muito. Eu acho que passei isso para meus filhos e eles também gostam”.
Cristina também contou que geralmente passa o ano inteiro planejando e montando a caracterização, que esse ano foi de Katrina, do filme “Festa no Céu”: “faço o meu, o da minha filha e às vezes o meu filho também vem. Então a gente trabalha com os três cosplays e, assim, um mês a gente trabalha um pouco em um, outro mês em outro, aí compra outro material, às vezes você encomenda uma peruca e demora uns 2 ou 3 meses pra chegar”. O processo de montagem da personagem também levou certo tempo: “a gente começou a fazer a maquiagem às 10h da manhã e chegamos no evento 14h30, então a maquiagem demorou 3 horas para fazer, pois tem que pintar e você espera um pouquinho para secar, aí tem detalhezinhos, os braços…”.
Apesar do esforço, ela conta que vale muito a pena e o sentimento é satisfatório: “A sensação é tipo ‘uaaau, consegui! Ficou do jeito que eu quero!’. Porque às vezes você faz, não dá certo, você tem que desmanchar, é paciência se você quer fazer um cosplay bem feito. Então quando você consegue chegar em um resultado final você fala ‘noossa, consegui'”.

Cristina Meira (à dir.) de Katrina e sua filha (à esq.), de Moana
No que diz respeito às atrações fixas, rolou o Sakura Maid Café, salas de boardgames, de K-Pop, do Harry Potter, de Just Dance, de Origami, de RPG, de Airsoft, de Codewars, Pyros, animequests, espaço medieval, e contou com Workshops de Ilustração, auxílio de língua japonesa e assistência para os cosplays, além da apresentação da cantora Ayu Brazil e do Youtuber gORDOx.
Uma das milhares de pessoas que compareceu no evento foi Lucas Belasco, acadêmico do curso de Comunicação e Multimeios: “o evento como sempre foi ótimo, um lugar onde pessoas que compartilham de gostos parecidos se interagem formam-se muitas amizades novas”, contou. “Tinha muitas salas temáticas legais, como a de Física, onde tinha experimentos, as salas temáticas de boardgames, e a minha querida sala do Harry Potter, onde eu fiquei por mais tempo no segundo dia. Já no primeiro dia fiquei mais andando e vendo as atrações. O evento em si foi ótimo, sem brigas, todos felizes, sem a necessidade de bebidas. Fico até feliz em dizer que o único problema foi o calor, mas isso a gente sempre supera, é o de menos”, finalizou.
Confira a galeria do que rolou por lá:
- Feirinha
- Campeonato de jogos
- Sakura Maid Café
- Show da cantora Ayu Brazil
- Sala de Origami
- Sala de RPG
- Alguns dos participantes do concurso de cosplay
- Concurso de dança K-Pop