Durante quatro anos, a fotógrafa romena Mihaela Noroc viajou o mundo e fotografou mulheres de diversas faixas etárias e com histórias de vida diferentes para mostrar que a verdadeira beleza é a diversidade, e não apenas o que vemos nas mídias de massa.

            O projeto deu origem ao livro Atlas of Beauty (Atlas da Beleza), dedicada às mulheres de todo o mundo, conta com mais de 500 retratos e muitas histórias incríveis.

“Beleza significa diversidade e eu viajo o mundo para descobrir isso.”

Contou Mihaela Noroc ao Marie Claire.

            Conseguiu sua primeira câmera fotográfica aos 16 anos. Ainda garota, ela estudava fotografia na universidade, mas logo se decepcionou com essa profissão. Anos depois, após uma viagem para a Etiópia em 2013, novamente voltou a tirar fotos com a mesma paixão de antes. No país africano, a garota ficou impressionada com as antigas culturas e tradições.

Mihaela Noroc (Divulgação)

Mihaela Noroc (Divulgação)

            A fotografa abriu mão de um emprego fixo, na Romênia, para viajar a procura de mulheres que representam a cultura de seu país natal. O projeto já passou por 37 países e os cenários incluem a floresta amazônica, uma mesquita iraniana, favelas brasileiras, bairros pobres da Colômbia, o maior templo budista de Myanmar, áreas ricas de Oxford, Nova York, Sydney, entre outros locais.

            No site do projeto, a fotógrafa define beleza como sinônimo de “manter viva as origens e culturas”. Conta que “Beleza para mim significa diversidade e eu viajo o mundo para descobri-la. Da Europa Ocidental até as tribos africanas, do Rio de Janeiro até a China, eu tento captar, nas minhas fotos, rostos naturais e diversidade. Na minha opinião, beleza significa manter vivas suas origens e sua cultura. Para ser único, sincero, autêntico, particular, não é necessário moda. Eu quero fazer deste atlas uma inspiração para todas as mulheres que tentam ser elas mesmas”.

            Em entrevista ao G1, ela diz que prefere rostos naturais, sem muita maquiagem. Relata que, em alguns casos, encontra as mulheres em redes sociais e marca a foto para o dia seguinte, ou então, vê alguém na rua e faz o retrato ali mesmo. “Às vezes tenho apenas 30 segundos, outras vezes posso passar uma hora fotografando”, diz. Durante a sessão fala bastante e tenta fazer a fotografada se sentir “especial, orgulhosa e única”.

            Nós do Comunica UEM nos inspiramos neste projeto e decidimos reunir para você algumas das fotos do Atlas, confira:

Etiópia

Ao viajar para a Etiópia a fotógrafa se admirou como cristãos e muçulmanos se davam bem na região.

Ao viajar para a Etiópia a fotógrafa se admirou como cristãos e muçulmanos se davam bem na região.

Nepal

A nepalesa Sona estava celebrando o Holi (festival das cores) no momento da fotografia

A nepalesa Sona estava celebrando o Holi (festival das cores) no momento da fotografia

Guatemala

Muitas mulheres do mundo carregam grandes cargas todos os dias, literal ou figurativamente. E eles fazem isso, como essa linda mulher, com muita ternura e positividade. A fotógraa a conheceu em janeiro, em Chichicastenango, uma pequena cidade da Guatemala.

Muitas mulheres do mundo carregam grandes cargas todos os dias, literal ou figurativamente. E eles fazem isso, como essa linda mulher, com muita ternura e positividade. A fotógraa a conheceu em janeiro, em Chichicastenango, uma pequena cidade da Guatemala.

Geórgia

Natia, de Tbilisi, capital da Geórgia, estuda direito e deseja se tornar criminalista. Ela contou á fotógrafa que seu sonho é trabalhar para o FBI algum dia. Enquanto isso, ela, que já ganhou uma bolsa de estudos, trabalha nesse café para se manter.

Natia, de Tbilisi, capital da Geórgia, estuda direito e deseja se tornar criminalista. Ela contou á fotógrafa que seu sonho é trabalhar para o FBI algum dia. Enquanto isso, ela, que já ganhou uma bolsa de estudos, trabalha nesse café para se manter.

Grécia

A fotógrafa conheceu essa valente mãe de três crianças no ano passado em um campo de refugiados na Grécia. Ela escapou de sua cidade natal no Iraque, que estava sob controle do ISIS. Ela percorreu um longo caminho para a Europa, com seus filhos, gastando todas as suas economias, na esperança de uma vida mais segura.

A fotógrafa conheceu essa valente mãe de três crianças no ano passado em um campo de refugiados na Grécia. Ela escapou de sua cidade natal no Iraque, que estava sob controle do ISIS. Ela percorreu um longo caminho para a Europa, com seus filhos, gastando todas as suas economias, na esperança de uma vida mais segura.

Turquia

Pinar é uma atriz de teatro. Enquanto ela incorpora diferentes papéis no palco, na vida real, ela ama ser ela mesma.

Pinar é uma atriz de teatro. Enquanto ela incorpora diferentes papéis no palco, na vida real, ela ama ser ela mesma.

Romênia

Alice estava comemorando sua graduação do ensino médio.

Alice estava comemorando sua graduação do ensino médio.

Iraque

A fotógrafa conheceu essa jovem em um campo de refugiados da região do Curdistão, no Iraque. Hasa tem a sorte de estar viva e ter a chance de estudar. Infelizmente, ela perdeu seis de seus primos quando o Isis atacou sua aldeia na Síria.

A fotógrafa conheceu essa jovem em um campo de refugiados da região do Curdistão, no Iraque. Hasa tem a sorte de estar viva e ter a chance de estudar. Infelizmente, ela perdeu seis de seus primos quando o Isis atacou sua aldeia na Síria.

França

Imane tem origens africanas e europeias e sonha em abrir uma galeria de arte para artistas de todo o mundo.

Imane tem origens africanas e europeias e sonha em abrir uma galeria de arte para artistas de todo o mundo.

Bélgica

Ania sonha em competir nos Jogos paraolímpicos.

Ania sonha em competir nos Jogos paraolímpicos.

Mongólia

Ela está usando um deel, que é uma roupa tradicional comumente vista na Mongólia.

Ela está usando um deel, que é uma roupa tradicional comumente vista na Mongólia.

Romênia

Em 2005, Magda se envolveu em terrível acidente de carro. A falta de infraestrutura, principalmente em lugares públicos, como parques, fez a fotógrafa perceber que na maioria dos lugares ainda é difícil ver pessoas em cadeira de rodas em áreas públicas. Mas Magda quer mudar a forma como as pessoas em cadeiras de rodas são tratadas, pelo menos em seu país, através de algumas iniciativas surpreendentes.

Em 2005, Magda se envolveu em terrível acidente de carro. A falta de infraestrutura, principalmente em lugares públicos, como parques, fez a fotógrafa perceber que na maioria dos lugares ainda é difícil ver pessoas em cadeira de rodas em áreas públicas. Mas Magda quer mudar a forma como as pessoas em cadeiras de rodas são tratadas, pelo menos em seu país, através de algumas iniciativas surpreendentes.

Alemanha

A mãe de Anais nasceu em Mali, país africano e seu pai é francês.

A mãe de Anais nasceu em Mali, país africano e seu pai é francês.

Índia

Ao viajar de país para país, a fotógrafa conta que ficou feliz em ver que a quantidade de mulheres em forças públicas em todo o mundo.

Ao viajar de país para país, a fotógrafa conta que ficou feliz em ver que a quantidade de mulheres em forças públicas em todo o mundo.

Floresta Amazônica

Essa nativa estava vestindo sua roupa de casamento.

Essa nativa estava vestindo sua roupa de casamento.

Mulheres de diferentes países, que demonstram que a beleza não tem nacionalidade, idade ou padrões. Mihaela Noroc contou ao site Designerd:

“Vivemos em um mundo bonito e a diversidade é um dos nossos melhores presentes. Ao mesmo tempo, este mundo tornou-se muito mais intolerante em relação à diversidade, nos últimos anos. Mas não perca a esperança! Eu vi com meus próprios olhos durante minhas viagens que há muito mais bondade neste mundo do que o ódio. Nós apenas temos que perceber, compartilhar com os outros e fazer deste mundo um lugar melhor para nossos filhos.”

Para ver outras fotografias acesse o Facebook, Instagram e Tumblr do projeto.

 

 

Fontes:

Designerd

G1

Marie Claire