Hoje (23), aconteceu a Assembleia Geral do curso de Comunicação e Multimeios da Universidade Estadual e Maringá (UEM) que teve presença dos professores e acadêmicos do curso e foi conduzida pela coordenadora professora doutora em história e sociedade Ana Cristina Teodoro da Silva. A pauta de reunião envolvia a prestação das contas, assuntos gerais a serem abordados pelos presentes e principalmente uma discussão sobre a saúde mental dos alunos e docentes. Como acadêmicos, nós do ComunicaUEM estávamos lá, representando o projeto e atuando na discussão.
A professora Ana Cristina iniciou a assembleia parabenizando os novos membros do Centro Acadêmico de Comunicação e Multimeios – CACO pela eleição e em seguida abriu a prestação de contas, fazendo um balanceamento da situação atual do caixa, que está comprometida com a Mostra do Filme Universitário e Amador – MAFUÁ e a futura aula inaugural.
Em segundo lugar, iniciou-se um bate papo sobre saúde mental, tema protagonista do dia. Foram apontados por Ana Cristina pontos como a importância da questão e as possíveis razões que a originam, resumidas em duas perguntas: “O que as instituições têm feito pela saúde mental de seus alunos, docentes e servidores?” e “O que a UEM pode fazer em nome de nossa saúde mental?”, de forma mais específica.
Para responde-las, a doutora em história e sociedade adentrou questões internas do nosso próprio curso relembrando nossas “dores”, como a falta de estrutura e professores efetivos e também nossas “delícias”, a exemplo da proximidade em que podemos manter nossas relações. Além disso, dentre o tema da saúde, especificamente, ela afirmou que a graduação em Comunicação e Multimeios não aparenta, em seu olhar, ter problemas acima da média dentro da UEM e comparado a outras instituições, porém, não deixa de ser relevante conversarmos abertamente sobre o assunto e buscar soluções para ajudar nossos colegas que estão passando por situações difíceis.
Assim, surgiu um terceiro e um quarto questionamento: “O que os colegas podem fazer uns pelos outros?” e “O que os professores podem fazer?”. Os dois, para Ana Cristina, podem ser pensados pela compreensão, informação e pela sensibilidade perante ao outro, requisitos básicos para qualquer relação social saudável. Continuando no assunto das relações com o próximo, ela comentou sobre as reclamações dos alunos perante a convivência nos trabalhos em grupo que em suas palavras, são difíceis, porém necessários para nosso aprendizado por promoverem competitividade, produtividade e capacidade de organização.

Assembleia Geral do curso de Comunicação e Multimeios. Foto: Phill Natal
Terminando sua fala, a professora nos lembrou das instituições que podemos cobrar para nos ajudar perante tais vivências, que de forma imediata podem ser o Centro Acadêmico, a Coordenação do curso e também a Chefia do nosso Departamento, afinal o ambiente em que vivemos depende diretamente de nossa atuação nele. Dito isso, ela abriu a palavra para adendos dos presentes que levantaram pontos como novos espaços para discussões do tema, possíveis mudanças no projeto político pedagógico do curso, a criação de reuniões pedagógicas entre alunos e professores, as formas de avaliação das disciplinas, o funcionamento das atividades fora do período de aula, novas assembleias pensando no funcionamento do próximo ano letivo e maneiras de melhorar as relações sociais entre todos no curso.
O debate encerrou a assembleia de forma amigável, deixando aos presentes vários assuntos a serem pensados e a necessidade pela busca de informações que nos ajudem a compreender as particularidades de nossa saúde mental. Ao final, em entrevista ao COMUNICAUEM, a coordenadora do curso se mostrou satisfeita com o andar da discussão e concluiu que muito ainda deve ser feito.
Confira a fala de Ana Cristina Teodoro da Silva na íntegra:
“Eu acho que a gente procurou constituir um espaço de conversa, de diálogo e isso é importante, na minha perspectiva, principalmente para a escuta dos alunos, porque eu estava ansiosa procurando saber o que os alunos têm achado dessas demandas, principalmente a da saúde mental e o que a gente pode fazer no âmbito do curso para melhorar nosso ambiente. Isso é uma coisa muito importante para a gente e também, neste espaço da assembleia, esclarecer algumas coisas, deixar claro para todo mundo que é do curso, o que é da instituição, o que é de cada um e o que é do grupo. Eu acho que a gente teve oportunidade de conversar um pouco: não resolve os problemas todos que são complexos, mas eu penso que encaminha um pouco, então eu acho que isso é positivo”.