Dentre as grandes áreas estudadas no campo da Comunicação, encontram-se entre elas a Fotografia e o Cinema, os quais eram diretamente relacionadas no início da invenção desta, quando o fotógrafo Eadweard J. Muybridge, no século XIX, desenvolveu um método para registrar uma sequência de 24 imagens de um mesmo corpo em movimento, que depois eram unidas em um dispositivo chamado zoopraxiscópio, o qual apresentava as fotos sequenciais permitindo a noção de movimento (confira aqui um pouco de sua contribuição).
Porém, o trabalho de Moloney, entitulado FILMograpyh (as palavras Film + Photography mescladas), se difere daquele de Muybridge ao contrastar as paisagens de diversas cidades, como Nova York, Los Angeles, Orlando, Toronto e Roma, com fotografias impressas de filmes que foram realizados nesses locais, posicionando a cena em frente ao lugar atual. Confira:

O Pecado Mora ao Lado (1955)

Bonequinha de Luxo (1961)

Caça-Fantasmas (1984), a primeira de sua série
Em entrevista ao Brands&Films, o fotógrafo e escritor canadense, que hoje mora em Maine, conta que a ideia surgiu em 2012, quando trabalhava perto da Columbus Circle, a segunda praça mais visitada de Nova York depois da Times Square, quando percebeu que o local do lado de fora de sua janela era o mesmo do filme “Caça Fantasmas” e decidiu fazer a primeira fotografia seguindo o estilo das demais, postou em uma rede social e seus amigos gostaram. Então decidiu continuar.

Ghost: Do Outro Lado da Vida (1990)

Um Dia Especial (1996)
Além das redes sociais, Christopher Moloney também exibiu suas imagens em eventos e galerias, como em 2013, nos festivais de cinema de Toronto, Cannes e Ischia (local que também o recebeu em 2015), e já se encontraram no Canadá, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Austrália, Rússia, Itália, Japão, Noruega, Brasil e Estados Unidos. O fotógrafo já tirou mais de 300 imagens de várias épocas.

New York (2009)

Os Pinguins do Papai (2011)
Christopher também vende suas fotos, e conta ao Camera in the Sun que só começou a vendê-las a norte-americanos recentemente; antes, os compradores eram mais brasileiros e japoneses. Além disso, porteiros sempre perguntam o por quê dele estar tirando fotos do local, sendo que alguns permitem quando Moloney explica o motivo; alguns, não, principalmente quando diz respeito ao interior dos estabelecimentos.
Ele também explica que tira muitas fotos de filmes antigos, das décadas de 40 a 60, e as pessoas se impressionam com o fato do local ainda existir. Porém, acha mais complicado retratar filmes mais recentes, pois acha que os locais clássicos não são mais utilizados, sendo filmados em lugares fechados como cafeterias e livrarias, ou em cidades diferentes das quais se passam a película. Alinhar algumas fotos com o cenário também pode ser uma tarefa complicada, a área toda pode ser modificada, e nenhum elemento se conectar, como ocorreu com Taxi Driver.
Um resultado que o surpreendeu foi o de Eu Sou a Lenda, em que viu a fotografia da Times Square destruída, com animais e decidiu ir até o local verificar. Aconteceu, então, da foto se encaixar perfeitamente, mesmo que não fosse real, e com a imaginação das pessoas envolvidas, desenharam por cima da imagem, usando os prédios e todos os materiais disponíveis.

Eu Sou a Lenda (2007)
Conheça mais seu trabalho através do Instagram, Tumblr e Twitter.
Imagem de capa: Brands&Films.